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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 333-2

333-2

ESTUDO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA E FÍSICO-QUÍMICA DE EMBALAGEM COMESTÍVEL A BASE DE MANDIOCA

Autores:
Ticiane Coelho Abreu de Oliveira (NUTEC - NÚCLEO DE TECNOLOGIA E QUALIDADE INDUSTRIAL DO CEARÁ) ; Francisca Raquel Vieira de Araújo (NUTEC - NÚCLEO DE TECNOLOGIA E QUALIDADE INDUSTRIAL DO CEARÁ) ; Cícera Nayara Alexandre de Oliveira (NUTEC - NÚCLEO DE TECNOLOGIA E QUALIDADE INDUSTRIAL DO CEARÁ) ; Damicléa Martins Vasconcelos (NUTEC - NÚCLEO DE TECNOLOGIA E QUALIDADE INDUSTRIAL DO CEARÁ) ; Márcia do Nascimento Saraiva (NUTEC - NÚCLEO DE TECNOLOGIA E QUALIDADE INDUSTRIAL DO CEARÁ) ; Rubens Carius de Castro (NUTEC - NÚCLEO DE TECNOLOGIA E QUALIDADE INDUSTRIAL DO CEARÁ) ; Mayra Garcia Maia Costa (NUTEC - NÚCLEO DE TECNOLOGIA E QUALIDADE INDUSTRIAL DO CEARÁ) ; Sonia Coelho Abreu de Oliveira (NUTEC - NÚCLEO DE TECNOLOGIA E QUALIDADE INDUSTRIAL DO CEARÁ)

Resumo:
A mandioca tem se apresentado como candidato no desenvolvimento de embalagens comestíveis e biodegradáveis. O Brasil, por ser um grande produtor de mandioca, sendo essa cultivada em todos os estados brasileiros, apresenta a vantagem de obter essa matéria-prima a baixo custo. Desta forma, a obtenção de embalagens feitas a partir de amido de mandioca em escala industrial consiste em uma alternativa interessante, tanto do ponto de vista ambiental como econômico. A literatura relacionada as características microbiológicas e físico-químicas de embalagens comestíveis baseado nos padrões regulatórios ainda é escassa. No entanto, uma embalagem que vai acondicionar um alimento ou bebida precisa ser uma embalagem segura, isto quer dizer que os possíveis contaminantes devem estar dentro de níveis aceitáveis para que a saúde do consumidor não seja comprometida. Desta forma este trabalho objetivou realizar avaliações microbiológicas e de migração total em 5 amostras de embalagens comestíveis feitas a partir de fécula de mandioca. Para tanto adotou-se o critério microbiológico da Instrução Normativa nº 161, de 1 de julho de 2022 e para migração utilizou-se a metodologia descrita na RDC nº 88, de 29 de junho de 2016, ambas da ANVISA. Para o estudo microbiológico foram avaliados os seguintes parâmetros: Coliformes totais, Escherichia coli e Estafilococos coagulase positiva, através da técnica de contagem em Petrifilm, método da AOAC, enquanto que para a pesquisa de Salmonella spp. e contagem em placas de Bacillus cereus e Clostridios sulfito redutor foi utilizado o método oficial da ISO. Os resultados microbiológicos obtidos para Coliformes totais, Escherichia coli, Estafilococos coagulase positiva, Bacillus cereus, Clostridios sulfito redutor foram equivalentes a <10 e ausência para Salmonella spp. em todas as amostras, apresentando conformidade com os parâmetros de referência estabelecidos pela Instrução Normativa nº 161, de 1 de julho de 2022 para alimentos preparados prontos para consumo. Em relação a pesquisa de migração total, os valores apresentaram-se na faixa de 0,08 a 0,14 mg/dm2, utilizando n-Heptano como simulante. Este valor encontrado está bem abaixo do que é especificado pela legislação, o qual apresenta limite máximo de 8 mg/dm2. Desta forma conclui-se que as embalagens comestíveis a base de mandioca que foram avaliadas demonstram adequabilidade aos padrões de higiene e segurança de alimentos, tanto do ponto de vista microbiológico, quanto da migração dos componentes da embalagem que entram em contanto com os alimentos.

Palavras-chave:
 EMBALAGENS COMESTÍVEIS, MIGRAÇÃO TOTAL, PADRÕES DE HIGIENE


Agência de fomento:
Fundo de Inovação Tecnológica/ Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico